Memória, tenho ou não tenho?

23/01/2014 by Publicado em Blog

pg_2_mt_1Ter uma memória que funcione bem é imprescindível no processo de qualquer aprendizagem. Pensando nisto, o FCU News convidou o professor Luciano Nasso, cientista do cérebro humano, diretor do instituto Nasso Consultoria e Treinamento e professor da FCU, para falar sobre o assunto, explicando aos leitores que não existe memória fraca ou forte, mas uma memória treinada. Por Luciano Nasso Quando se fala em memória as pessoas se fascinam. Normalmente não acreditamos que temos boa memória. Já sei que nesse momento alguns leitores dessa matéria poderão pensar assim: “Eu tenho boa memória, pois quando conheço uma pessoa dificilmente esqueço a fisionomia dela”, ou então, “pode perguntar todas as datas de nascimentos e casamentos da família que eu sei”. Mas não estamos falando de memória seletiva, ou seja, a que você sabe o que te interessa. Muitos de nós confundimos a palavra “memorizar” com “decorar”. Quem decora esquece, quem memoriza GRAVA a informação. Além de cansativo, o método de decorar é estressante e inconveniente, em que você usa a repetição e não aprende o que deveria ter aprendido. Quando digo que não existe memória fraca ou forte, mas memória treinada, as pessoas se assustam. Quem tem uma memória treinada é diferente por várias razões. Quero dar aqui um exemplo: um professor pede para um aluno memorizar os 50 Estados Americanos em ordem alfabética. Qualquer ser humano que fosse decorar precisaria de umas 10 horas, no mínimo, e no final do tempo certamente estará cansado e estressado. Por outro lado, quando se tem uma memória treinada o processo é diferente. Primeiro é possível executar a atividade em um tempo recorde de 30 minutos, sabendo a lista em sua totalidade. Nos dias de hoje, o número de informações que recebemos é muito grande, e precisamos estar prontos para a batalha diária. Somos como um piloto de caça, pilotando em tempo nublado sem direito a radar. E mais do que nunca precisamos treinar a nossa memória. Como a Neuroplasticidade vem confirmando, com mais de trinta anos de estudo nessa área, o cérebro é totalmente flexível e aprende outros caminhos, criando novos neurônios para o novo aprendizado. Nesse momento você deve estar se perguntando: quanto tempo levaria para treinar minha memória? Um bom treinamento levaria umas 40 horas aula, somados a prática de 15 a 30 minutos diários. Particularmente, acredito que memorização deveria ser uma matéria do currículo escolar, levada a sério tão quanto são as outras matérias didáticas. Assim, nossos filhos e netos não sofreriam tanto ao estudar.


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